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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Doenças Transmissiveis Por Virus e Bactérias

Por existirem muitas divergências sobre se os vírus se enquadram ou não entre os seres vivos, estes "organismos" não estão inseridos em nenhum dos grandes reinos dos seres vivos, daí a necessidade de serem estudados à parte.
Suas principais características são:
- Não possui estruturas celulares (membrana plasmática, citoplasma, etc.).
- São formados basicamente por uma cápsula protéica denominada capsômero que contém em seu interior um só tipo de ácido nucléico: DNA ou RNA, nunca ambos. Alguns vírus mais complexos podem apresentar também lipídios e glicídios presos à cápsula.
- São tão pequenos que podem penetrar no interior das células das menores bactérias que se conhecem, (100 a 1000 Å), portanto são visíveis somente ao M.E.
- Só apresentam propriedades de vida quando estão no interio0s de células vivas. Por isso são considerados parasitas celulares obrigatórios.
Reprodução dos VírusUm dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias reproduzindo-se em seu interior. Estes vírus são inofensivos ao homem e a outros animais.
A forma de reprodução dos vírus dentro de uma bactéria dá-se o nome de reprodução por montagem.
Doenças Causadas por VírusOs vírus podem causar doenças em plantas e animais. As principais doenças causadas por vírus que atingem o homem são:
Hidrofobia (Raiva): saliva introduzida pela mordida de animais infectados (o cão, por exemplo). Infecção: o vírus penetra pelo ferimento e instala-se no sistema nervoso. Controle: vacinação de animais domésticos e aplicação de soro e vacina em pessoas mordidas. Sintomas e características: febre, mal-estar, delírios, convulsões, paralisia dos músculos respiratórios (é doença mortal).
Hepatite Infecciosa: transmissão: gotículas de muco e saliva; contaminação fecal de água e objetos. Infecção: o vírus instala-se no fígado onde se multiplica, destruindo células. Controle: injeção de gamaglobulina em pessoas que entram em contato com o doente; saneamento, cuidados com alimentos ingeridos. Sintomas e características: febre, anorexia, náuseas, mal-estar, icterícia (pode ser fatal).
Caxumba: transmissão: contato direto; objetos contaminados; gotículas de saliva. Infecção: o vírus multiplica-se nas glândulas parótidas; eventualmente localiza-se em outros órgãos, como ovários e testículos. Controle: vacinação. Sintomas e características: parotidite (infecção das parótidas), com inchaço abaixo e em frente das orelhas (pode tornar a pessoa estéril se atingir os testículos ou os ovários).
Gripe: transmissão: gotículas de secreção expelidas pelas vias respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca ou pelo nariz, localizando-se nas vias respiratórias superiores. Controle: nenhum. Sintomas e características: febre, prostração, dores de cabeça e musculares, obstrução nasal e tosse.
Rubéola: transmissão: gotículas de muco e saliva; contato direto. Infecção: o vírus penetra pelas vias respiratórias e se dissemina através do sangue. Controle: aplicação de imunoglobulina (com efeito protetor discutível). Sintomas e características: febre, prostração, erupções cutâneas (em embriões provoca a morte ou deficiências congênitas).
Varíola: transmissão: gotículas de saliva; objetos contaminados e contato direto. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue; finalmente, atinge a pele e as mucosas, causando lesões. Controle: vacinação. Sintomas e características: febre alta e erupções cutâneas (geralmente deixando cicatrizes na pele; pode ser fatal).
Sarampo: transmissão: contato direto e indireto com secreções nasofaríngeas da pessoa doente. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue. Controle: vacinação. Sintomas e características: febre alta, tosse, vermelhidão por todo o corpo (pode ser fatal em crianças).
Febre Amarela: transmissão: Picada de mosquitos, entre os quais se destaca o Aedes aegypti. Infecção: o vírus penetra através da pele, dissemina-se pelo sangue e localiza-se no fígado, na medula óssea, no baço e em outros órgãos. Controle: vacinação e combate aos mosquitos transmissores. Sintomas e características: febre alta, náuseas, vômitos, calafrios, prostração e pele amarelada (pode ser fatal).
Poliomielite: transmissão: alimento e objetos contaminados; secreções respiratórias. Infecção: o vírus penetra pela boca, multiplica-se no intestino, dissemina-se pelo sangue e instala-se no sistema nervoso central, onde destrói os neurônios. Controle: vacinação. Sintomas e características: paralisia dos membros; em muitos casos ocorrem apenas febres baixas e indisposição, que logo desaparecem sem causar problemas (provoca deficiência física).
AIDS (Síndrome da Imuno-Deficiência Adquirida): transmissão: sangue, esperma e muco vaginal contaminados. Infecção: o vírus penetra no organismo através de relações sexuais, uso de agulhas de injeção contaminadas ou transfusões de sangue infectado; ataca o sistema imunológico. Controle: uso de preservativos (Camisinha-vénus) nas relações sexuais e de agulhas descartáveis ou esterilizadas; controle rigoroso, por parte dos bancos de sangue da qualidade do sangue doado; ainda não existem remédios ou vacinas eficazes contra a doença. Sintomas e características: febre intermitente, diarréia, emagrecimento rápido, inflamação dos gânglios linfáticos, doenças do aparelho respiratório, infecções variadas, câncer de pele (doença mortal em 100% dos casos).
Agentes Antivirais Licenciados Pela FDA (Food and Drogs Administration)
Drogas
Nome Comercial ®
Ano
Indicação
Metisazona
Marboran
1960
Profilaxia da varíola.
Idoxuridina
Stoxil, Herplex, Dendrid, Pomada oftálmica, IDU
1962
Ceratite por vírus herpes simplex (HSV).
Amantadina
Symetrel
1966-1976
Profilaxia da influenza A cepa asiática
Todas as cepas de vírus influenza A.
Vidarabina
Vira-A
1976-1978
Ceratite por HSV
Encefalite por HSV; Infecção disseminada e localizada por HSV em neonatos.
Aciclovir
Zovirax
1982
Infecção primária genital por HSV; Infecção mucocutânea por HSV em hospedeiro imunodeprimido.
Trifluridina
Viroptic
?
Ceratite por HSV.
Interferon A
Intron A
?
Hepatite C.
Ribavirin
Viramid
Rebetol
1986
1998
Infecção pelo vírus respiratório sincicial
Hepatite C.
Zidovudina, AZT
Retrovir
1987
AIDS
Ganciclovir
DHPG
1989?
Retinite por CMV em aidéticos.
Didanosina, ddI
Videx
1991
AIDS
Ácido forfono fórmico (FPA)
Foscarnet
1991
Retinite por CMV em aidéticos.
Zalcitabina, ddC
HIVID
1992
AIDS
Stavudina
ZERIT
1994
AIDS
Famciclovir
FAMVIR
1995
VZV
Rimantadina
Flumadine
1995
Influenza
Lamivudina, 3TC
EPIVIR
EPIVIR HBV
1995
1998
AIDS
Hepatite B
Saquinavir
Invirase
1995
AIDS
Cidofovir
Vistide
1995
Retinite por CMV em aidético.
Valaciclovir
Valtrex
1995
HZV em adulto imonocompetente.
Doxorubucin lipossomal
Doxil
1995
Sarcoma de Kaposi em aidético.
Daunorubicin
lipossomal
Daunaxone
1995
Sarcoma de Kaposi em aidético.
Indinavir
Crixivan
1996
AIDS
Ritonavir
Norvir
1996
AIDS
Nevirapina
Viramune
1996
AIDS
Penciclovir
Denavir
1996
Tratamento de herpes labial em adulto.
Nelfinavir
Viracept
1997
AIDS
Delavirdine
Rescriptor
1997
AIDS
Paclitaxel
Taxol
1997
Sarcoma de Kaposi em aidético.
AZT + 3TC
Combivir
1997
AIDS
Efavirenz
Suativa
1998
AIDS
Abacavir
Ziagen
1998
AIDS


Bactérias
São unicelulares e estão entre os menores seres vivos conhecidos. Podem viver isolados ou formar colônias. Provavelmente são os organismos mais abundantes do planeta sendo encontrados em praticamente todos os ambientes.
Quanto a nutrição, podem ser autótrofas ou heterótrofas. As autótrofas podem sintetizar seu próprio alimento através da fotossíntese ou da quimiossíntese. As heterótrofas podem ser saprófitas, simbióticas ou parasitas.
Quanto a forma as bactérias podem ser classificadas: cocos, bacilos, espirilos e vibriões.
Cocos - bactérias de forma arredondada.
Bacilos - bactérias alongadas em forma de bastonetes.
Espirilos - são bactérias espiraladas.
Vibriões - são bactérias em forma de vírgulas.
Quanto a respiração elas podem ser aeróbias ou anaeróbias.
As bactérias tem alto poder de reprodução.
A principal forma de reprodução é a assexuada por divisão binária, bipartição ou cissiparidade. Neste caso um indivíduo se divide originando dois outros idênticos.
As bactérias podem realizar também um processo semelhante a reprodução sexuada típica, chamado conjugação: duas bactérias se ligam através de pontes citoplasmáticas; ocorre então a transferência de DNA de uma bactéria para outra. Por este processo ocorrem recombinações gênicas.
Algumas bactérias podem ser úteis ao homem e são utilizadas na agricultura, e na indústria (produção de iogurte, queijos, vinhos). Na indústria farmacêutica, bactérias do gênero Bacillus são utilizadas na produção de antibióticos. Outras bactérias são agentes causadores de diversas doenças em plantas e animais, inclusive no homem.
São também muito importante ao meio ambiente na decomposição de matéria orgânica, pois ingerem restos de animais e plantas.
Doenças Causadas por BactériasTuberculose: é causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, ataca geralmente os pulmões. Há tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise. O tratamento é feito com antibióticos e as medidas preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (Bacilo de Calmet-Guérin) - radiografias e melhorias dos padrões de vida das populações mas pobres.
Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos. O doente fica com falta de sensibilidade na pele. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total.
Difteria (crupe): muitas vezes fatal, é causada pelo bacilo diftérico, atacando principalmente crianças. Produz uma membrana na garganta acompanhada de dor e febre, dificuldade de falar e engolir. O tratamento deve ser feito o mais rápido possível. A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e à antipertussis (essa última com a coqueluche) na forma de vacina tríplice.
Coqueluche: doença típica de crianças produzindo uma tosse característica, causada pela bactéria Bordetella pertussis. O tratamento consiste em repouso, boa alimentação e, se o médico achar necessário, antibióticos e sedativos para a tosse.
Pneumonia bacteriana: embora algumas formas de pneumonia sejam causadas por vírus, a maioria é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que ataca o pulmão. Começa com febre alta, dor no peito ou nas costas e tosse com expectoração. O médico deve ser chamado para iniciar o tratamento com antibióticos e o doente deve ficar em repouso.
Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes. Causa dor de garganta, febre, dores musculares, náuseas e vômitos. As amígdalas ficam inflamadas, com pus, e a língua apresenta pequenas saliências ("língua de framboesa"). Depois disso surgem erupções na pele e manchas vermelho-escarlates. O médico deve ser consultado e o doente tem que ficar em repouso. De modo geral, a evolução é benigna, mas pode haver complicações causadas pela disseminação da infecção para outros órgãos do corpo.
Tétano: produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. Há dor de cabeça, febre e contrações musculares, provocando rigidez na nuca e mandíbula. Há casos de morte por asfixia. A vacinação e os cuidados médicos (é aplicado o soro antitetânico em caso de ferimento suspeito) são essenciais.
Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans, é transmitida pela água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. Há febre alta, calafrios, dores de cabeça e dores musculares e articulares. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas.
Tracoma: inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira, é causada pela Chlamydia trachomatis. Surgem bolhas nos olhos e granulações nas pálpebras. É necessário pronto atendimento médico. A prevenção inclui uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e antibióticos.
Disenterias bacilares: constituem a principal causa de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos, onde as casses mais pobres vivem em péssimas condições sanitárias e de moradia. São doenças causadas por diversas bactérias, como a Shigella e a Salmonella, e pelos colibacilos patogênicos. Transmitidas pela ingestão de água e alimentos contaminados, exigem pronto atendimento médico. A profilaxia só pode ser feita através de medidas de saneamento e melhoria das condições socioeconômicas da população.
Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae), transmite-se por contato sexual. Provoca dor, ardência e pus urinar. O tratamento deve ser feito sob orientação médica, pois exige o emprego de antibióticos.
Sífilis: provocada pela bactéria Treponema pallidum, é transmitida, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor (o "cancro duro"), que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, essa regressão não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnóstico e tratamento médicos. Sem tratamento, a doença tem sérias conseqüências, atacando diversos órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso, e provocando paralisia progressiva e morte.
Meningite meningocócica: infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula). Pode ser provocada por vírus, mas a forma mais comum de meningite é causada por uma bactéria - o meningococo. Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente não consegue encostar o queixo no peito e deve ser hospitalizado imediatamente, sendo submetido a tratamento por antibióticos, pois a doença pode ser fatal. Como é transmitida por espirro, tosse ou fala, é importante a notificação à escola caso uma criança a contraia.
Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae (vibrião colérico), que se instala e se multiplica na parede do intestino delgado, produzindo substâncias tóxicas e provocando uma forte diarréia. As fezes são aquosas e esbranquiçadas (parecendo água de arroz), sem muco ou sangue. Ocorrem também cólicas abdominais, dores no corpo, náuseas e vômitos.
O grande perigo está na rápida desidratação provocada pela diarréia: o doente pode perder de um a dois litros de líquido por hora. Como conseqüência, o doente apresenta muita sede, cãibras, olhos encovados e pele seca, azulada e enrugada. Se o processo continuar, pode haver rápida insuficiência renal e morte em 24 horas ou menos. Por isso, é preciso procurar logo atendimento médico para que a perda de água seja controlada através de reidratação endovenosa com soro e antibióticos.
Mais de 90% das pessoas que contraem o cólera permanecem assintomáticos, isto é, não chegam a adoecer, podendo sofrer apenas uma diarréia branda (embora possam transmitir a doença por mais de trinta dias). A doença é contraída através da ingestão de água ou alimentos contaminados, crus ou mal cozidos (a bactéria morre em água fervida e em alimentos cozidos).
Embora haja vacinas contra o cólera, sua eficácia é apenas parcial (em geral, cerca de 50%) e dura poucos meses. Por isso, a doença somente pode ser erradicada através de medidas de higiene e saneamento básico.
Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi, provoca úlceras no intestino, diarréia, cólica e febre. O tratamento é feito com antibióticos. A prevenção inclui vacinas e melhoria das condições sanitárias da população.
Os Vírus Emergentes
Febre alta, dores no corpo, vômito, diarréia e hemorragias generalizadas nos órgãos e na pele, que se rasga e se solta dos ossos, com o sangue saindo por todos os poros do corpo. Em cerca de dez horas a pessoa morre: são os sintomas da febre hemorrágica, causada pelo vírus Ebola.
Esse vírus apareceu pela primeira vez em 1967, quando matou algumas pessoas na cidade alemã de Marburgo. Voltou a aparecer em 1976, no Sudão e no Zaire (às margens do rio Ebola, de onde se originou o nome do vírus), matando centenas de pessoas e, novamente no Zaire, em 1995, dizimando cerca de cem pessoas.
O vírus é transmitido de pessoa contaminada para outra pelo contato direto com sangue, suor, saliva, sêmen. Mata 90% das vítimas, destruindo seus vasos sangüíneos. Não há tratamento específico, mas se as vítimas forem isoladas e mantidas em condições higiênicas adequadas, a epidemia pode ser controlada.
O Ebola faz parte de um grupo de vírus que circulam há muito tempo em animais que vivem em áreas não habitadas pelo homem ou em populações humanas isoladas (no caso do Ebola, o reservatório, isto é, o animal que abriga o vírus, parece ser uma espécie de macaco). Com a chegada do homem nesses ambientes, o vírus começa a se espalhar na população humana. Por isso, esses vírus são chamados "vírus emergentes", já que saem ou emergem de seu hábitat natural.
No brasil encontramos: o Rocio, descoberto em 1975, na localidade de mesmo nome no sul do estado de São Paulo, que provoca hemorragias e lesões neurológicas; o hantavírus Juquitiba, identificado em 1993, em Juquitiba, São Paulo, causador de problemas respiratórios; o Sabiá, descoberto no condomínio Jardim Sabiá, no município paulista de Cotia, e que, como o Ebola, provoca febre hemorrágica.

Doenças que podem ser transmitidas pelo beijo

Na época do Carnaval, as pessoas aproveitam para festejar, se divertir e sair da rotina.
Para que esses dias de festa sejam aproveitados de maneira segura, os foliões devem tomar alguns cuidados, não apenas com o excesso de bebida alcoólica ou a proteção na hora do sexo, mas também com beijos na boca de muitas pessoas.
Existem muitas doenças que podem ser transmitidas através da saliva, como tuberculose, rubéola, caxumba, sarampo, catapora e meningite. Nesses casos, as doenças são mais fáceis de detectar e diagnosticar. Logo, a pessoa geralmente já sabe que está doente e evita contato com os outros.
Já algumas outras doenças possuem sintomas que podem ser confundidos com complicações simples, o que faz com que muitas pessoas possam ser portadoras de algum vírus sem ter conhecimento disso. Algumas delas são:
Mononucleose (conhecida como “a doença do beijo”)
Alguns dos sintomas são febre alta, dor de cabeça, inchaço no baço, aumento de gânglios no pescoço e nas axilas, mal-estar e fadiga. É causada pelo vírus chamado Epstein-Barr, da família Herpesviridae, e se manifesta entre trinta e cinqüenta dias após o contato com ele.
Em casos raros, pode causar a ruptura do baço (pois ele fica muito sensível).
Por apresentar sintomas que podem ser confundidos com outros tipos de doenças, por isso o ideal é ir ao médico em qualquer caso de suspeita e realizar os exames sanguíneos necessários para detectar a doença o mais rápido possível.
Citomegalovírus
Apresenta sintomas parecidos com os da mononucleose (mas se a pessoa não estiver com o sistema imunológico em baixa, a infecção também pode ser assintomática.), mas em casos mais graves, pode comprometer o sistema digestivo, o sistema nervoso central e a retina de algumas pessoas.
Pode ser transmitido de diversas outras maneiras além da saliva, como por exemplo, via respiratória (tosse, espirro, fala e afins), relação sexual sem proteção ou transfusão de sangue. 
É da família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e herpes zoster.
Herpes simples
No início, surge uma pequena coceira em alguma região próxima a boca. Em seguida, aparecem pequenas bolhas agrupadas. O rompimento dessas bolhas libera um líquido cheio de vírus, e por isso é a fase mais perigosa, pois o contágio de quem entrar em contato com a pessoa contaminada se torna mais fácil.
Após o contágio, o vírus estará sempre presente no corpo de quem o possui, por isso, o ideal é sempre procurar um médico para orientar as formas de evitar o aparecimento das desagradáveis bolhas. Algumas dicas são evitar muita exposição ao sol e fadiga física e mental.

Malária

Malária ou paludismo, entre outras designações, é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles.
A malária mata 3 milhões de pessoas por ano, uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais freqüentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.

 
A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias. Em cidades situadas em locais cuja altitude seja superior a 1500 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. Os mosquitos têm maior atividade durante o período da noite, do crepúsculo ao amanhecer. Contaminam-se ao picar os portadores da doença, tornando-se o principal vetor de transmissão desta para outras pessoas. O risco maior de aquisição de malária é no interior das habitações, embora a transmissão também possa ocorrer ao ar livre.
O mosquito da malária só sobrevive em áreas que apresentem médias das temperaturas mínimas superiores a 15°C, e só atinge número suficiente de indivíduos para a transmissão da doença em regiões onde as temperaturas médias sejam cerca de 20-30°C, e umidade alta. Só os mosquitos fêmeas picam o homem e alimentam-se de sangue. Os machos vivem de seivas de plantas. As larvas se desenvolvem em águas paradas, e a prevalência máxima ocorre durante as estações com chuva abundante.

Febre amarela

 febre amarela é uma doença infecciosa causada por um flavivírus (o vírus da febre amarela), para a qual está disponível uma vacina altamente eficaz. A doença é transmitida por mosquitos e ocorre exclusivamente na América Central, na América do Sul e na África. No Brasil, a febre amarela é geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada entra em áreas de transmissão silvestre(regiões de cerrado, florestas). Uma pessoa não transmite febre amarela diretamente para outra. Para que isto ocorra, é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado, pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado.

 A transmissão da febre amarela em área silvestre é feita por intermédio de mosquitos do gênero (principalmente) Haemagogus. O ciclo do vírus em áreas silvestres é mantido através da infecção de macacos e da transmissão transovariana (passado de mosquito para os seus descendentes, filhos) no próprio mosquito. A infecção humana ocorre quando uma pessoa não imunizada entra em áreas de cerrado ou de florestas. Uma vez infectada, a pessoa pode, ao retornar, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti, que então pode iniciar a transmissão da febre amarela em área urbana. Uma pessoa pode ser fonte de infecção para o mosquito desde imediatamente antes de surgirem os sintomas até o quinto dia da infecção.
Aedes aegypti torna-se capaz de transmitir o vírus da febre amarela 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada. No Brasil, a transmissão da febre amarela em áreas urbanas não ocorre desde 1942. Em áreas de fronteiras de desenvolvimento agrícola, pode haver uma adaptação do transmissor silvestre ao novo habitat e ocorre a conseqüente possibilidade de transmissão da febre amarela em áreas rurais ("intermediária").

Água, mosquitos e doenças

Muitos mosquitos põem ovos na água parada. Dos ovos saem larvas, que depois se tornam mosquitos adultos.
Uma forma de combater as doenças transmitidas por mosquitos é justamente evitar o acúmulo de água parada em vasos de plantas, latas vazias, pneus velhos, garrafas, etc. Caixas-d'água, tanques e outros reservatórios devem ficar sempre tampados.
Veja a seguir algumas doenças transmitidas por mosquitos.
  • Febre amarela
  • Malária
  • Dengue
Dengue
A dengue é uma das maiores preocupações em relação a doenças infecciosas atualmente no Brasil. O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas.

O que é dengue?
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra.

O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
- Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.

Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid ® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.

Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue.

O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.

Como é feito o diagnóstico de dengue?
O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença.

É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?
Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.

A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente? 
Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica".

O que é dengue "hemorrágica"?
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com a dengue, embora a pessoa fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações:

- dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
- tonteiras, desmaios
- pele fria e pegajosa, suor frio
- sangramentos
- fezes escuras, parecidas com borra de café

O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas?
Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo.

A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez.
Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.

A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez?
Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue.

Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.

Quem teve dengue fica com alguma complicação? 
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.

Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente?
Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.
O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?
Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.

"fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.

Doenças transmitidas pela água


Doenças transmitidas pela água
A falta de água potável e de esgoto tratado facilita a transmissão de doenças que, calcula-se, provocam cerca de 30 mil mortes diariamente no mundo. A maioria delas acontece entre crianças, principalmente as de classes mais pobres, que morrem desidratadas, vítimas de diarréia causadas por micróbios. No Brasil, infelizmente mais de 3 milhões de famílias não recebem água tratada e um número de casas duas vezes e meia maior que esse não tem esgoto. Isso é muito grave.
Estima-se que o acesso à água limpa e ao esgoto reduziria em pelo menos um quinto a mortalidade infantil.
Para evitar doenças transmitidas pela água devemos tomar os seguintes cuidados:
  • Proteger açudes e poços utilizados para o abastecimento;
  • tratar a água eliminando micróbios e impurezas nocivas a saúde humana;
  • filtrar e ferver a água;
  • não lavar alimentos que serão consumidos crus com água não tratada como verduras, frutas e hortaliças.
As principais doenças transmitidas pela água são:
Diarréia infecciosa
Se a pessoa vai muitas vezes ao banheiro e as fezes saem líquidas ou muito moles, ela pode estar com diarréia. A diarréia pode ser provocada por micróbios adquiridos pela comida ou água contaminadas.
As diarréias leves quase sempre acabam sozinhas. No entanto, é preciso beber líquidos para evitar a desidratação, que é muito perigosa.
Uma criança com diarréia precisa continuar a ser amamentada ou continuar com a alimentação. Às crianças que já comem alimentos sólidos devem ser oferecidas misturas bem amassadas de cereais e feijão ou carne bem cozidos, por exemplo. Depois de a diarréia passar, é bom dar a ela uma alimentação extra, para ajudar na recuperação.
Crianças e idosos correm maior risco de desidratação. Por isso, é importante tomar também os sais de reidratação oral, fornecidos pelos postos de saúde. Eles devem ser misturados em água, na quantidade indicada na embalagem.
Na falta desses sais, podemos preparar e oferecer o soro caseiro. Assim: num copo com água fervida ou filtrada, dissolvemos uma pitada de sal e duas colheres de chá de açúcar.

Cólera
Originária da Ásia, mais precisamente da Índia e de Bangladesh, a cólera se espalhou para outros continentes a partir de 1817. Chegou ao Brasil no ano de 1885, invadindo os estados do Amazonas, Bahia, Pará e Rio de Janeiro. Em 1893 a doença chegou a São Paulo, alastrando-se tanto na capital quanto no interior do estado. No entanto, no final do século XIX, o governo brasileiro declarava a doença erradicava de todo o país. Cerca de um século depois, em abril de 1991, a cólera chegou novamente ao Brasil. Vindo o Peru, fez sua primeira vítima na cidade de Tabatinga, Amazonas.
 
 A cólera é uma doença infecciosa que ataca o intestino dos seres humanos. A bactéria que a provoca foi descoberta por Robert Koch em 1884 e, posteriormente, recebeu o nome de Vibrio cholerae. Ao infectar o intestino humano, essa bactéria faz com que o organismo elimine uma grande quantidade de água e sais minerais, acarretando séria desidratação. A bactéria da cólera pode ficar incubada de um a quatro dias.
Quando a doença se manifesta, apresenta os seguintes sintomas:náuseas e vômitos; cólicas abdominais; diarréia abundante, esbranquiçada como água de arroz, podendo ocasionar a perda de até um litro de água por hora e cãibras.
A cólera é transmitida principalmente pela água e por alimentos contaminados. Quanto o vibrião é ingerido, instala-se no intestino do homem. Esta bactéria libera uma substância tóxica, que altera o funcionamento normal das células intestinais. Surgem, então, a diarréia e o vômito.
Os casos de cólera podem ser fatais, se o diagnóstico não for rápido e o doente não receber tratamento correto. O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico, usando-se antibióticos para combater a infecção e medicamentos para combater a diarréia e prevenir a desidratação. A prevenção da cólera pode ser feita através de vacina e principalmente através de medidas de higiene e saneamento básico. A vacinação é de responsabilidade do governo. No caso da cólera, não há garantia de que todas as pessoas vacinadas fiquem imunes à doença. Estima-se que a vacina existente tenha um grau de eficácia inferior a 50%.
 Leptospirose
A leptospirose é uma doença bacteriana, que afeta humanos e animais, causada pela bactéria do gênero Leptospira. É transmitida pela água e alimentos contaminados pela urinas de animais, principalmente o rato. É uma doença muito comum depois de enchentes, pois as pessoas andam sem proteção em águas contaminadas.
Em humanos a leptospirose causa uma vasta gama de sintomas, sendo que algumas pessoas infectadas podem não ter sintoma algum. Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor de cabeça forte, calafrio, dor muscular e vômito. A doença também pode causar os seguintes sintomas: olhos e pele amarelada, olhos vermelhos, dor abdominal, diarréia e erupções na pele. Se a leptospirose não for tratada, o paciente pode sofrer danos nos rins, meningite (inflamação na membrana ao redor do cérebro e cordão espinhal), falha nos rins e problemas respiratórios. E raras ocasiões a leptospirose pode ser fatal. Muitos desses sintomas podem ser confundidos com outras doenças, de modo que a leptospirose é confirmada através de testes laboratoriais de sangue ou urina.

Hepatite

 
É uma inflamação no fígado que pode ser provocada por vários tipos de vírus. Os sintomas são parecidos com os da gripe e há também icterícia (coloração amarelada da pele causada pelo depósito de uma substância produzida pelo fígado). A pessoa precisa ficar em repouso e seguir as orientações médicas.
Algumas formas de hepatite são transmitidas por água e alimentos contaminados por fezes (Tipo A e E). Outros tipos são transmitidos por transfusão de sangue (B, C) ou por relações sexuais.
Quem já teve hepatite não pode doar sangue, já que o vírus às vezes continua no organismo, mesmo que não haja sintomas da doença.


Para algumas formas de hepatite (A e B) há uma vacina que pode ser aplicada em crianças e adultos

Esquistossomose
É também chamada Xistosa, ou doença do caramujo. Ela é provocada por um verme chamadoesquistossomo. Os vermes vivem nas veias do intestino e podem provocar diarréia, emagrecimento, dores na barriga, que aumenta muito de volume (barriga-d'água), e problemas em vários órgãos do corpo.
Os ovos do esquitossomo saem junto com as fezes da pessoa contaminada. Se não houver fossa ou rede de esgotos, eles podem chegar a água doce (lagos, lagoas ou riachos, margens de rios, etc). Na água, os ovos dão origem a pequenas larvas (animais diferentes dos vermes adultos) chamados miracídios. As larvas penetram em um tipo de caramujo chamado planorbídeo. No interior do caramujo, elas se reproduzem e se transformam em outras larvas, as cercárias, que saem do caramujo e ficam nadando livres na água.
cercária pode penetrar, através da pele, nas pessoas que usam a água de lagos, lagoas, riachos e outros locais para tomar banho, lavar roupa, trabalhar, pescar ou outras atividades.
Além de tratar o doente com medicamentos, é necessário instalar um sistema de esgotos para impedir que os ovos atinjam a água. As pessoas precisam também ter acesso a água de boa qualidade e ser informadas sobre as formas de transmissão da doença.
É preciso também combater o caramujo que transmite a esquistossomose com produtos químicos e com a criação de peixes que se alimentam do caramujo, como a tilápia, o tambaqui e o piau. Esses peixes podem ser consumidos pelas pessoas sem risco de contaminação.

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

A expressão “doença transmissível” é termo técnico de uso generalizado e definido pela organização Pan-americana de saúde: “É qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado”. A expressão doença transmissível pode ser sintetizada como doença cujo agente etiológico é vivo e é transmissível. São doenças transmissíveis aquelas em que o organismo parasitante pode migrar do parasitado para o sadio, havendo ou não uma fase intermediária de desenvolvimento no ambiente.
A maioria das doenças infecciosas está associada à pobreza e ao subdesenvolvimento. Nas economias fracas, dependentes, a com causalidade das doenças transmissíveis, especialmente as chamadas doenças tropicais, está tão fortemente vinculada à miséria que, como suporte para as medidas de controle dessas doenças, poder-se-ia propor a remoção da miséria e seu cortejo (falta de acesso a terra, à escola, à água etc.). Medidas de caráter permanente, para suprir essa falta sairiam mais baratas em longo prazo e trariam o controle definitivo de várias dessas enfermidades (febre tifóide, cólera, tracoma, doença de chagas, leisbmaniose, peste, esquistossomose e outras verminoses etc.).
As doenças infecciosas podem assumir várias formas. Uma doença manifesta é aquela que apresenta todas as características clínicas que lhe são típicas. Em contraposição, na infecção inaparente, o indivíduo não apresenta sinais ou sintomas clínicos manifestos. Fala-se usualmente em uma forma subclínica ou assintomática da doença. Essa forma de infecção tem uma importância grande em epidemiologia, dado o fato de que as pessoas podem transmitir o agente aos suscetíveis com a mesma intensidade encontrada na doença manifesta, porém de uma forma encoberta. Na meningite meningocócica, por exemplo, o número de infecções inaparentes é muito superior ao da doença manifesta.
Uma doença sob forma latente representa um período de equilíbrio durante o qual não existem sinais clínicos manifestos da doença e o doente ainda não constitui fonte de contágio. São exemplos algumas fases da tuberculose ou da sífilis. Na forma abortiva ou frusta, acontece que nem todos os sinais clínicos da doença emergirão acima do horizonte clínico. O modo fulminante de doença é o que ocorre de forma excepcionalmente grave com um coeficiente de letalidade elevado. As septicemias são um bom exemplo dessa categoria.     

Doenças sexualmente transmitidas

Doenças sexualmente transmitidas ou DSTs, são doenças infecciosas que podem ser disseminadas através do contato sexual. Algumas podem também ser transmitidas por vias não sexuais, porém formas não-sexuais de transmissão são menos frequentes. Estima-se que de 10 a 15 milhões de americanos tenham doenças sexualmente transmitidas, muitos dos casos são epidêmicos, incluindo gonorréia, inflexão da uretra não causada pela gonorréia, herpes genital, candiloma, scabics (mites) e infecções na uretra e na vagina causadas pela bactériaChlamydia trachomatis, pelo protozoário Trichomas e pelo fungo monilia. Vários estudos mostram que as doenças sexualmente transmitidas afetam pessoas de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os níveis sociais nos Estados Unidos.
Um grande número de infecções são transmitidas predominantemente ou exclusivamente por contato sexual. Além das doenças epidêmicas que foram citadas acima, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis), infecção vaginal causada pela bactéria Hemophilus e muitas outras. DSTs podem ser causadas por uma grande variedade de organismos, tais como o protozoário Trichomonas, a levedura causadora de moniliasis, bactérias causadoras da gonorréia e da sífilis e o vírus que causa a herpes genital.
Transmissão
A transmissão de todas estas doenças só ocorre através do contato íntimo com a pessoa infectada, porque todos os organismos causadores morrem rapidamente se forem removidos do corpo humano. Apesar da área de contato ser normalmente as genitais, a prática de sexo anal e oral pode também causar infecções. Gonorréia, sífilis e infecção clamidial podem ser transmitidas de um portadora grávida ao filho que está sendo gerado, tanto através do útero como através do parto.
Apesar das doenças venéreas se manifestarem na genitália externa, elas podem atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos internos. Algumas dessas infecções causam apenas uma irritação local, coceira e uma leve dor, porém a gonorréia e clamídia podem causar infertilidade em mulheres.
Controle
A natureza epidêmica das doenças sexualmente transmitidas as torna de difícil controle. Algumas autoridades em saúde pública atribuem o aumento no número de casos destas doenças ao aumento de atividade sexual. Outro fator que também contribui significativamente é a substituição do uso de camisinha (condom) - que oferece alguma proteção - por pílulas e diafragmas com métodos anticonceptivos. Os padrões das doenças sexualmente transmitidas são bastante variáveis. Enquanto a sífilis e a gonorréia eram ambas epidêmicas, o uso intensivo de penicilina fez com que a freqüência da sífilis caísse para um nível razoavelmente controlado; a atenção voltou-se então ao controle da gonorréia, foi quando a freqüência da sífilis aumentou novamente. Os casos de herpes genital e clamídia também aumentaram durante a década de 70 e durante o início da década de 80.
O tratamento de doenças sexualmente transmissíveis é feito basicamente com antibióticos. A penicilina tem sido uma droga eficiente contra a sífilis e a gonorréia, porém muitos dos organismos causadores da gonorréia são hoje resistentes à penicilina; usa-se nestes casos o ceftriaxone ou a spectinomicine. A tetraciclina é usada para tratar o linfogranuloma venéreo, o granuloma inguinale e a uterite clamidial.  Existem tratamentos específicos para a maioria das doenças sexualmente transmitidas, com exceção do molluscum contagiosum. A droga antivirus aciclovir tem se mostrado útil no tratamento da herpes.
A única forma de se prevenir a dispersão das doenças sexualmente transmitidas é através da localização dos indivíduos que tiveram contato sexual com pessoas infectadas e determinar se estes também necessitam tratamento. Localizar a todos, entretanto, é bastante difícil, especialmente porque nem todos os casos são reportados.
AIDS (SIDA) e a hepatite B são transmitidas através do contato sexual, porém estas doenças podem também ser transmitidas de outras formas.

Condiloma (HPV)
 
Condiloma é a designação genérica do Papilomavírus Humano. Outros denominações como condilomatosecondiloma acuminado crista de galo também podem ser usadas. A exemplo do herpes, o condiloma tem períodos de latência (remissão) variáveis de um indivíduo para o outro. Causam lesões verrugosas, a princípio microscópicas e de difícil visualização a olho desarmado, que vão lentamente crescendo como lesões sobrepostas umas às outras, formando a designação popular de crista de galo. Podem chegar, em indivíduos com higiene precária, a lesões coalescentes e grandes como a palma da mão de um adulto. Seu contágio é quase que exclusivamente sexual (gênito-genital, oro-genital ou gênito-anal) e sua manifestação depende da imunidade do contaminado.
O diagnóstico faz-se por penoscopia direta (coloração especial que tinge as lesões condilomatosas quando presentes) e sempre que possível, biópsia para confirmar-se a suspeita clínica. Uma vez diagnosticado o condiloma, o tratamento é quase sempre é cirúrgico por uma destas modalidades: eletrocauterização ou eletrofulguração, que consiste em queimar as lesões ou a exerése das lesões que serão mandadas para exame anatomopatológico, fazendo-se assim a biópsia e o tratamento ao mesmo tempo. Muitas vezes os dois métodos são utilizados em conjunto, nas lesões extensas. A cauterização química com ácidos orgânicos que também queimam as lesões, têm uma série de contra-indicações e complicações que me levaram a quase descartá-lo para uso rotineiro.
O cliente com condilomatose deve ser alertado para a possibilidade de recidivas após os tratamentos, como se lesões latentes esperassem a hora certa para aparecer. Não raro estes clientes terão repetidas sessões de terapia. Também é importante salientar que no homem o condiloma é apenas uma lesão esteticamente feia, mas na mulher é precursor do câncer de colo do útero, uma doença grave. Portanto, tratar o homem é prevenir uma complicação séria para a mulher. Nestes casos, frequentemente recebemos o homem para penoscopia por solicitação do ginecologista da esposa, que diagnosticou displasia do colo de útero e suspeita de condiloma como agente causador.



Sífilis
Doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e normalmente transmitida através do contato sexual ou pelo beijo. A infecção através de objetos contaminados é bastante rara, pois a bactéria morre em contato com o ar. Um feto carregado por uma portadora de sífilis pode contrair a doença, condição denominada de sífilis congênita.
Histórico
Acredita-se que a sífilis foi introduzida na Europa em 1493 por um grupo de marinheiros retornando da primeira expedição de Cristovão Colombo à America. Já no século XVI, a sífilis tornou-se a maior epidemia pública. O aspirilo, responsável pela doença, foi descoberto somente em 1905, pelo zoologista alemão Fritz Schaudinn. Em 1906 o bacteriologista alemão August vom Wassermann desenvolveu o primeiro exame de sangue para diagnosticar a doença. Em 1909 outro bacteriologista alemão, Paul Ehrlich, desenvolveu o primeiro tratamento efetivo. Em 1943 a penicilina mostrou-se bastante efetiva no combate à sífilis e até hoje continua sendo o medicamento preferido para o tratamento dessa doença.

Intensos programas de saúde pública reduziram o número de casos reportados nos Estados Unidos de 160.000  (1947) para 25.000 (1975), porém o número cresceu para mais de 39.000 em 1988. Durante a década de 70, a maioria dos casos de sífilis em homens ocorreu em homossexuais, entretanto o aumento no número de casos durante a década de 80 aparenta ser em indivíduos heterossexuais. Este fato aumenta a incidência da sífilis congênita, que causa um grande índice de mortalidade infantil. Pessoas portadoras de AIDS (SIDA) têm maiores chances de desenvolver sérias formas de sífilis e a sofrerem recaídas após tratamentos que normalmente curam a doença.
Estágios e Sintomas
O primeiro estágio da sífilis é caracterizado por uma pequena lesão, que aparece na região de contágio, de três a seis semanas após a contração. Os fluidos oriundos dessa lesão são extremamente infecciosos. Em um segundo estágio, que manifesta-se cerca de seis semanas mais tarde, ocorre um repentino aparecimento de lesões. Úlceras doloridas desenvolvem-se na boca, assim como em várias regiões do corpo; lesões em forma de pequenas protuberâncias, também altamente infecciosas, podem aparecer na região genital; dores de cabeça, febre e inchamento das glândulas linfáticas são, algumas vezes, observados. Estes sintomas normalmente desaparecem de 3 a 12 semanas. A doença entra então em um estágio latente não apresentando sintomas externos, porém as inflamações podem instalar-se em órgãos internos. Este estágio latente pode durar de 20 à 30 dias. Em 75% dos casos não ocorrem outros sintomas além dos já mencionados; entretanto, quando o estágio final ocorre (sífilis terceira), nódulos enrijecidos podem se desenvolver em tecidos sob a pele, nos tecidos mucosos e nos órgãos internos. Os ossos são freqüentemente afetados, assim como o fígado, os rins e outros órgãos viscerais. Infecção do coração e dos principais vasos sanguíneos ocorrem em casos terminais. Em aproximadamente 15% dos casos de sífilis terceira ocorre o que é chamado neurosífilis, representado pela perda do controle urinário, degeneração dos reflexos e perda da coordenação muscular, que pode levar à paralisia. Durante este estágio, infecções no trato urinário podem, em uma gravidez, levar ao aborto ou ao nascimento de uma criança portadora de sífilis congênita. Crianças afetadas normalmente apresentam sinais típicos como: testa grande, nariz seliforme e dentes mal formados. Perto da segunda década da vida, tais crianças podem apresentar deterioração no sistema nervoso central.


A sífilis é detectada através dos sintomas de um dos vários testes de sangue ou de fluido da coluna espinhal. A droga mais usada no tratamento é a penicilina benzatina que é ministrada em duas injeções separadas por uma semana de intervalo. Quando se trata de neurosífilis, o antibiótico é ministrado três vezes por semana.
O controle da sífilis inclui localizar as pessoas que tiveram contato sexual com portadores e tratar aquelas cujo contato se deu durante o período de contaminação. O uso da camisinha oferece alguma proteção contra a sífilis.


AIDS (SIDA)
Síndrome da deficiência imunológica adquirida é uma condição que resulta na supressão do sistema imune relacionada à infecção pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). Uma pessoa infectada com o vírus HIV perde gradativamente a função imune de algumas células imunológicas denominadas CD4 linfócitos-T ou CD4 células-T, tornando a pessoa infectada vulnerável à pneumonia, infecções fúngicas e outras enfermidades comuns. Com a perda da função imune, uma síndrome clínica (um grupo de várias enfermidades que, em conjunto, caracterizam a doença) se desenvolve com o passar do tempo e eventualmente pode causar a morte devido a uma infecção oportunista (infecções por organismos que normalmente não causam mal algum, exceto em pessoas que estão com o sistema imunológico bastante enfraquecido) ou um câncer.
Histórico
Durante o início dos anos 80 se observou um grande número de mortes causadas por infecções oportunistas em homens homossexuais que, apesar de tal infecção, eram pessoas saudáveis. Até então estas infecções oportunistas causavam morte normalmente em pacientes que receberam órgãos transplantados e estavam recebendo medicamento para suprimir a resposta imune.

Em 1983, Luc Montaigner, um francês especialista em câncer, juntamente com outros cientistas do Instituto Pasteur em Paris, isolaram o que parecia ser um novo retrovírus humano (um tipo especial de vírus que se reproduz de maneira diferente) de uma glândula (nódulo) linfática de um homem sob risco de AIDS. Simultaneamente cientistas norte americanos liderados por Robert Gallo, trabalhando no Instituto Nacional do Câncer em Bethesda (Maryland) e  o grupo liderado pelo virologista norte americano Jay Levy de San Francisco isolaram o retrovírus de pessoas com AIDS e também daquelas que tinham contato com portadores da doença. Os três grupos de cientistas isolaram o que hoje se conhece como vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus que causa a AIDS. A infecção por este vírus não significa necessariamente que a pessoa tenha AIDS, porém erroneamente costuma-se dizer que a pessoa HIV-positiva tem AIDS. De fato, um indivíduo HIV-positivo pode permanecer por mais de 10 anos sem desenvolver nenhum dos sintomas clínicos que diagnosticam a doença.
Em 1996 estimou-se que 22,6 milhões de pessoas no mundo estavam vivendo com o HIV ou com a AIDS, dos quais 21,8 milhões eram adultos e 380.000 crianças. A Organização Mundial da Saúde estimou que no período entre 1981, quando o primeiro caso de AIDS foi diagnosticado, e em 1996 mais de 8,4 milhões de adultos e crianças desenvolveram a doença. Estimou-se também que no mesmo período 6,4 milhões de mortes foram causadas pelo vírus HIV.

Infestações
Termo que significa a existência de parasitas na pele (ou derme) e que podem ser transmitidos pela atividade sexual, embora nãoobrigatoriamente. Destacamos aqui a infestação por piolhos (Phthirus pubis), pela sarna (Sarcoptes scabeis) e pelos carrapatos (ou chatos). Tais ectoparasitas (parasitas externos) infestam principalmente as regiões cobertas por cabelos como a região púbica (pêlos púbicos) de ambos os sexos. Obviamente tais parasitas podem também ser adquiridos de roupa de cama ou de banho (toalhas), roupas íntimas, animais, etc...Seu principal sintoma será o prurido (coceira) e vermelhidão devido aos minúsculos túneis sob a derme que podem ser estar infectados por bactérias oportunistas. Se não tratadas, tais infecções secundárias por bactérias, podem, associadas ao ato de coçar o local, disseminar pelo resto do corpo tais infestações e ainda levar a complicações mais sérias, como abscessos (coleção de pus). Resta claro neste parágrafo, que os portadores de infestações devem ser orientados quanto aos seus hábitos de higiene. O tratamento é feito de acordo com o parasita e medidas profiláticas devem ser adotadas no ambiente onde vive o indivíduo.

Linfogranuloma Venéreo
  • Etiologia - É causado pela Chlamydia trachomatis;
  • Patogênese - A doença é contraída, exclusivamente, via transmissão sexual: sua incidência é baixa, com maior prevalência no grupo etário de 15 a 30 anos. O período de incubação varia de 1 a 3 semanas;
  • Sintomatologia - Manifesta-se com lesão inicial de tipo pustuloso, freqüentemente despercebida. Em seguida, surge adenopatia inguinal, conhecida como bubão, unilateral, que pode passar à fase supurativa. Nas mulheres, pode faltar a adenite inguinal, mas é freqüente o acometimento dos gânglios pararretais. Pode haver manifestações sistêmicas tais como mal-estar, febre, anorexia, dor pélvica, etc.;
  • Diagnóstico laboratorial - Por bacterioscopia direta (coloração de Giemsa), cultura, sorologia, imunofluorescência, intradermo-reação de Frei;
  • Tratamento da adenite - repouso e calor local. Quando a adenite for maior que 5 cm, aspirar com agulha de grosso calibre; pode ser feita lavagem com antibiótico.
Tratar sempre o parceiro sexual

Donovanose
  • Etiologia - É causada pela Calymmatobacterium granulomatis , patógeno Gram-, anaeróbico facultativo;
  • Patogênese - Transmissão sexual com período de incubação de 8 a 30 dias, mais freqüente nas regiões tropicais. Sua maior incidência é no sexo masculino, preferencialmente em homossexuais e indivíduos de baixas condições sócio-econômicas;
  • Sintomatologia - Na maioria dos casos, a lesão inicial se localiza no prepúcio, sulco balanoprepucial, vulva ou vagina. Geralmente indolor, inicia-se por pápulas que coalescem e ulceram. Pode avolumar-se dando origem às formas "nodular" e "elefantiásica"; 
  • Diagnóstico laboratorial - É feito, principalmente, por exame direto - detecção de C. granulomatis em esfregaços corados pelo Giemsa ou procurando os corpúsculos de Donovan no interior do granuloma (método histopatológico);
  • Tratamento - O tratamento tradicional é constituído por tetraciclina, estreptomicina, cotrimoxanol, cloranfenicol. Nenhuma destas drogas deve ser empregada por menos de três semanas.
Tratar sempre o parceiro sexual

Vaginose Bacteriana e Vulvovaginites
  • Etiologia - Pode ser classificada em infecciosa e não infecciosa (causa hormonal, agentes físicos e químicos, de contato, etc.) Na infecciosa os agentes mais comuns são: Trichomonas vaginalis, Candida albicans, G. vaginalis, C. trachomatis, N. gonorrhoeae;
  • Patogênese - Em cada faixa etária, tende a aparecer um tipo específico de Vulvovaginite. As vulvovaginites de causa hormonal aparecem principalmente na infância, senescência e em usuárias de pílulas; as infecciosas são mais freqüentes dos 15 aos 35 anos;
  • Sintomatologia - Secreção abundante, com ou sem odor característico, de consistência e cor variadas, prurido, edema, disúria;
  • Diagnóstico laboratorial - Medidas gerais tais como abstinência sexual, higiene genital, restauração do pH vaginal, uso de anti-inflamatórios por via sistêmica e local. Conforme o agente atiológico, se usa terapia específica (trichomonas: nitroimidazólicos; herpes vírus: antivirais; fungos: antifúngicos, por via oral ou tópica);
Tratar sempre o parceiro sexual

Salpingite Aguda
  • Etiologia - É causada pela disseminação ascendente, não relacionada a ciclo gravídico-puerperal ou cirurgias, de microorganismo que, partindo da vagina, acomete órgãos genitais superiores e/ou estruturas adjacentes (OMS,1986). Conforme a localização, usa-se a seguinte terminologia:
    • salpingite - A mais freqüente e preocupante por suas seqüelas: endometrite, parametrite, salpigoforite, abscesso pélvico (tubo-ovariano);
      Do ponto de vista etiológico, as Salpingites podem-se dividir em:
    • infecção por germes causadores de DST (gonococo, clamídias, micoplasmas);
    • infecções por organismos presentes na flora vaginal (estreptococos, estafilococos, hemófilos, E.coli, anaeróbicos);
    • infecções de etiologia desconhecida.
  • Patogênese - A manifestação da salpingite aguda está relacionada com a atividade sexual, particularmente com o número de parceiros sexuais;
  • Sintomatologia - Dor pélvica, freqüentemente relacionada com o início do ciclo menstrual, disfunção menstrual, dispareunia, anorexia, náusea e vômito, dor à palpação e mobilização do útero;
  • Tratamento - Deve ser eficaz tanto contra os agentes das DSTs, como contra as demais bactérias envolvidas, principalmente as anaeróbicas.
Tratar sempre o parceiro sexual.